Segundo estudos realizados no sítio arqueológico Ferraz Egreja, os primeiros sinais de vida em terras que hoje pertencem ao município de Rondonópolis datam de pelo menos cinco mil anos atrás.
A OCUPAÇÃO - Desde o final do século XIX a ocupação local é marcada por um contingente de índios Bororo, elo efetivo do destacamento militar em Ponte de Pedra (1875-1890), seguida pelas comitivas de aventureiros que se arriscavam pela região em busca de ouro e de pedras preciosas. Por último, chegaram as expedições da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas (1907/1909) sob o comando do então primeiro tenente Cândido Rondon, que determinavam o traçado da linha telegráfica para interligar o Estado do Mato Grosso e Amazonas ao resto do país – fruto dessa investida, em 1922 é inaugurado o posto telegráfico às margens do rio Poguba (rio Vermelho).
O POVOADO DO RIO VERMELHO - A formação do “Povoado do Rio Vermelho” inicia-se a partir de 1902 com a fixação de famílias procedentes de Goiás, Cuiabá e outras regiões do Estado. Em 1915 havia cerca de setenta famílias na localidade, estas viviam com certa organização econômica, social política e tinham preocupação com as primeiras letras.
Neste mesmo ano, Joaquim da Costa Marques, Presidente de Estado do Mato Grosso, promulga o Decreto Lei nº 395 que estabelecia uma reserva de 2.000 hectares para o patrimônio da povoação do rio Vermelho. Esse decreto marca oficialmente a existência do povoado (a futura cidade de Rondonópolis), cuja data de fundação (10 de agosto de 1915) foi regulamentada pela Lei Municipal 2.777 de 22 de outubro de 1997.
Em 1918, o deputado, agrimensor e tenente Otávio Pitaluga conclui o projeto de medição, alinhamento e estética da localidade; projeto que em 1948 foi aproveitado pelo engenheiro Domingos de Lima para edificar o traçado do atual quadrilátero central. Pitaluga foi também o responsável pela alteração de nome do povoado para Rondonópolis, em 1918, uma homenagem a Rondon que passa então a ser considerado o patrono do lugar. Em 1920 Rondonópolis transforma-se em distrito de Santo Antônio do Leverger e comarca de Cuiabá.
O DESPOVOAMENTO - Todavia, na década de 20, o recém criado distrito começa a sofrer problemas ligados a enchentes, epidemias e desentendimento entre os moradores; no mesmo período João Arenas descobre os garimpos de diamantes na vizinha região de Poxoréu (1924).
A combinação desses fatores provoca o processo de despovoamento de Rondonópolis ao mesmo tempo em que os garimpos projetam o crescimento de Poxoréu que, em 1938, foi elevado à categoria de município. Em conseqüência, pela proximidade, Rondonópolis é incluído como distrito de Poxoréu, através da Lei Estadual nº 218 de 1938. De 1930 a meados de 1947 Rondonópolis permanece despovoado.
A RETOMADA DO CRESCIMENTO - A partir de 1947 Rondonópolis volta a crescer, à medida que é inserido no contexto capitalista de produção como fronteira agrícola mato-grossense, resultado da política do sistema de colônias implantado pelo governo do Estado. A emancipação política acontece em 10 de dezembro de 1953.
Nas décadas de 50 e 60, o crescimento econômico de Rondonópolis vem através do campo, enquanto produtor de alimentos e extensão do capital paulista. Nesse período destaca-se a força da mão-de-obra de migrantes mato-grossenses, nordestinos, paulistas, mineiros, japoneses e libaneses.
Na década de 70 acelera-se no município o processo de expansão capitalista, e Rondonópolis desenvolve o mais rápido processo de modernização do campo que se teve notícia no Centro Oeste, incrementando as atividades da soja, da pecuária e do comércio. Aqui a migração sulista é o destaque.
Em 1980 Rondonópolis passa a ser pólo econômico da região e é classificado como segundo município do estado em importância econômica, demográfica e urbana. Já, na década de 90 Rondonópolis projeta-se como “A Capital Nacional do Agronegócio”, ao mesmo tempo em que cresce o setor agroindustrial – decorrem daí o sucesso da Exposul e da Agrishow Cerrado.
RONDONÓPOLIS: TERRA DE OPORTUNIDADES - Hoje, decorridos pouco mais de 50 anos de sua emancipação política, Rondonópolis tem uma população aproximada de 180 mil habitantes. É uma cidade conhecida por suas terras férteis e localização privilegiada, no entroncamento das Rodovias BR 163 e BR 364, que ligam as regiões Norte/ Sul do país, sendo o portal da Amazônia e a entrada para o pantanal mato-grossense.
A posição geográfica estratégica tem contribuído para o crescimento econômico de Rondonópolis e oferece um leque de oportunidades aos investidores que buscam expandir e diversificar seus negócios:
- no agronegócio, a partir da cultura de soja, algodão e produtos primários em geral;
- na pecuária de corte e leiteira;
- no setor de unidades esmagadoras de soja;
- na produção de fertilizantes, pólo químico, têxtil e do couro;
- no comércio de maquinários, utilitários, motocicletas e comércio em geral;
- no setor de serviços;
- no transporte (Rondonópolis é considerada o maior pólo graneleiro e a “Capital Nacional do Bitrem”).
A promessa de que os trilhos da Ferronorte chegarão a Rondonópolis até 2007 acenam para as possibilidades de barateamento do frete, de diminuição do percurso até os portos e de melhoria da competitividade de nossos produtos no mercado internacional.
Enfim, Rondonópolis tem tudo para transformar-se em um dos principais entroncamentos rodo-ferroviários do país e na metrópole do século XXI.
TEXTO:Drª Luci Léa Lopes Martins Tesoro/professora da UFMT.
Fonte:TESORO, Luci Léa Lopes Martins. “Rondonópolis-MT: um entroncamento de mão única”, São Paulo, LLLMT, 1993.
A OCUPAÇÃO - Desde o final do século XIX a ocupação local é marcada por um contingente de índios Bororo, elo efetivo do destacamento militar em Ponte de Pedra (1875-1890), seguida pelas comitivas de aventureiros que se arriscavam pela região em busca de ouro e de pedras preciosas. Por último, chegaram as expedições da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas (1907/1909) sob o comando do então primeiro tenente Cândido Rondon, que determinavam o traçado da linha telegráfica para interligar o Estado do Mato Grosso e Amazonas ao resto do país – fruto dessa investida, em 1922 é inaugurado o posto telegráfico às margens do rio Poguba (rio Vermelho).
O POVOADO DO RIO VERMELHO - A formação do “Povoado do Rio Vermelho” inicia-se a partir de 1902 com a fixação de famílias procedentes de Goiás, Cuiabá e outras regiões do Estado. Em 1915 havia cerca de setenta famílias na localidade, estas viviam com certa organização econômica, social política e tinham preocupação com as primeiras letras.
Neste mesmo ano, Joaquim da Costa Marques, Presidente de Estado do Mato Grosso, promulga o Decreto Lei nº 395 que estabelecia uma reserva de 2.000 hectares para o patrimônio da povoação do rio Vermelho. Esse decreto marca oficialmente a existência do povoado (a futura cidade de Rondonópolis), cuja data de fundação (10 de agosto de 1915) foi regulamentada pela Lei Municipal 2.777 de 22 de outubro de 1997.
Em 1918, o deputado, agrimensor e tenente Otávio Pitaluga conclui o projeto de medição, alinhamento e estética da localidade; projeto que em 1948 foi aproveitado pelo engenheiro Domingos de Lima para edificar o traçado do atual quadrilátero central. Pitaluga foi também o responsável pela alteração de nome do povoado para Rondonópolis, em 1918, uma homenagem a Rondon que passa então a ser considerado o patrono do lugar. Em 1920 Rondonópolis transforma-se em distrito de Santo Antônio do Leverger e comarca de Cuiabá.
O DESPOVOAMENTO - Todavia, na década de 20, o recém criado distrito começa a sofrer problemas ligados a enchentes, epidemias e desentendimento entre os moradores; no mesmo período João Arenas descobre os garimpos de diamantes na vizinha região de Poxoréu (1924).
A combinação desses fatores provoca o processo de despovoamento de Rondonópolis ao mesmo tempo em que os garimpos projetam o crescimento de Poxoréu que, em 1938, foi elevado à categoria de município. Em conseqüência, pela proximidade, Rondonópolis é incluído como distrito de Poxoréu, através da Lei Estadual nº 218 de 1938. De 1930 a meados de 1947 Rondonópolis permanece despovoado.
A RETOMADA DO CRESCIMENTO - A partir de 1947 Rondonópolis volta a crescer, à medida que é inserido no contexto capitalista de produção como fronteira agrícola mato-grossense, resultado da política do sistema de colônias implantado pelo governo do Estado. A emancipação política acontece em 10 de dezembro de 1953.
Nas décadas de 50 e 60, o crescimento econômico de Rondonópolis vem através do campo, enquanto produtor de alimentos e extensão do capital paulista. Nesse período destaca-se a força da mão-de-obra de migrantes mato-grossenses, nordestinos, paulistas, mineiros, japoneses e libaneses.
Na década de 70 acelera-se no município o processo de expansão capitalista, e Rondonópolis desenvolve o mais rápido processo de modernização do campo que se teve notícia no Centro Oeste, incrementando as atividades da soja, da pecuária e do comércio. Aqui a migração sulista é o destaque.
Em 1980 Rondonópolis passa a ser pólo econômico da região e é classificado como segundo município do estado em importância econômica, demográfica e urbana. Já, na década de 90 Rondonópolis projeta-se como “A Capital Nacional do Agronegócio”, ao mesmo tempo em que cresce o setor agroindustrial – decorrem daí o sucesso da Exposul e da Agrishow Cerrado.
RONDONÓPOLIS: TERRA DE OPORTUNIDADES - Hoje, decorridos pouco mais de 50 anos de sua emancipação política, Rondonópolis tem uma população aproximada de 180 mil habitantes. É uma cidade conhecida por suas terras férteis e localização privilegiada, no entroncamento das Rodovias BR 163 e BR 364, que ligam as regiões Norte/ Sul do país, sendo o portal da Amazônia e a entrada para o pantanal mato-grossense.
A posição geográfica estratégica tem contribuído para o crescimento econômico de Rondonópolis e oferece um leque de oportunidades aos investidores que buscam expandir e diversificar seus negócios:
- no agronegócio, a partir da cultura de soja, algodão e produtos primários em geral;
- na pecuária de corte e leiteira;
- no setor de unidades esmagadoras de soja;
- na produção de fertilizantes, pólo químico, têxtil e do couro;
- no comércio de maquinários, utilitários, motocicletas e comércio em geral;
- no setor de serviços;
- no transporte (Rondonópolis é considerada o maior pólo graneleiro e a “Capital Nacional do Bitrem”).
A promessa de que os trilhos da Ferronorte chegarão a Rondonópolis até 2007 acenam para as possibilidades de barateamento do frete, de diminuição do percurso até os portos e de melhoria da competitividade de nossos produtos no mercado internacional.
Enfim, Rondonópolis tem tudo para transformar-se em um dos principais entroncamentos rodo-ferroviários do país e na metrópole do século XXI.
TEXTO:Drª Luci Léa Lopes Martins Tesoro/professora da UFMT.
Fonte:TESORO, Luci Léa Lopes Martins. “Rondonópolis-MT: um entroncamento de mão única”, São Paulo, LLLMT, 1993.
fonte de pesquisa:http://www.rondonopolis.mt.gov.br/view_conteudo.php?id=5